quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Eliminação, vergonha e rotina cansativa

Entra temporada, sai temporada e o Bayer Leverkusen vai deixando a Copa da Alemanha de forma precoce e inaceitável. Nada diferente de todas as outras, desta vez fomos eliminados com a humilhação de ver uma equipe da terceira divisão, que por sinal vem muito bem na temporada com pontos fortes na tática e posse de bola e que nos ensinou a jogar bonito fazendo o simples e motivando-se apenas ao olhar para a camisa que veste-se.

Decepção no rosto dos jogadores, é sinônimo da vergonha passada pelos torcedores.
Foto: Bayer 04
O Leverkusen vem passando uma fase difícil momentaneamente e dando continuidade a rotina de não cair, não ser campeão e comemorar uma vaga na competição internacional como que fosse o objetivo máximo almejado pelo clube. Os princípios de Roger Schmidt já deram o que tinham de dar, o mesmo dizemos do planejamento da atual direção, que vive misturando os recursos. No caso, se o planejamento futebolístico for mal e o social estiver com boa saúde, aparentemente não temos problemas, pois teoricamente uma área salva a outro e ponto.

Na última terça-feira (25/10), o time jogou com a obrigação de se classificar para as oitavas de finais após o vexame provinciano na derrota de casa contra o Hoffenheim por 3 a 0 na Bundesliga. Mas, o que aconteceu? uma apresentação desfalecida do conjunto, empatando em 2 a 2 no jogo e prorrogação, perdendo nos pênaltis por 4 a 3, quando já esteve na frente em uma das rodadas das cobranças. Vimos um time que dependeu de defesas e milagres do goleiro Ramazan Özcan para não sofrer mais gols, do erro arbitral ao não validar o gol legal do Sportfreunde Lotte para não sair derrotado ainda nos 90 minutos e das armações e velocidade de Kevin Kampl, que junto com Kevin Volland, geraram as transações, armações e gols do Bayer 04 no jogo.

Ramazan Özcan foi o principal motivo para o Lotte não achar o caminho do gol.
Foto: Bayer 04

Sem o suspenso Schmidt, sobrou para Markus Krösche, auxiliar técnico, segurar essa bomba, que ao que tudo indica, só está acumulando e explodira na hora mais inadequada. Mesmo com estrelas como Chicharito e Hakan Çalhanoglu, experientes atletas como Roberto Hilbert, Lars Bender e Charles Aránguiz, além dos promissores e cobiçados Bernd Leno, Jonathan Tah, Karim Bellarabi e Julian Brandt, o elenco não possui um tesão por vitórias, conquistas e feitos. Apenas presumivelmente um time que espera o árbitro apitar pela última vez e todos serem liberados para suas residências.

No entanto, isso também é o retrato da torcida, que não cobra seus representantes e sempre enxerga o apoio dado após uma derrota e má apresentação como um gesto de fidelidade ao time e esquecem que devem cobrar, não pela derrota e sim pela ausência da ânsia de conquista, por direito, pois em um grande clube, deve ter grandes projetos, grande formação e gigantes seguidores.

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