Sandra Jessen, a aposta que virou solução

Não é fácil perder a principal jogadora num momento importante da maior competição da temporada, principalmente sabendo que ficará de fora por todo restante da Bundesliga Feminina.

Turid Knaak, a camisa 10 do Bayer Leverkusen, autora de golaço e passes desconcertantes, convocada para a Seleção Alemã Feminina pela boa fase e tida como uma das grandes atacantes do futuro no futebol alemão, lesionou-se no dia 20 de outubro de 2015, exatamente cinco dias depois da convocação para a Seleção, num jogo-treino, fraturando a tíbia e fíbula.

Com a lesão num jogo-treino, Turid Knaak deixou uma grande lacuna na equipe.

No plantel, Knaak era até então, insubstituível e o Leverkusen teria que lhe dar com essa importante ausência na continua busca pela boa fase, mas com isso, os dias se passaram e com eles as rodadas e as leoas não conseguiram os resultados.

O clube com as provas que precisavam de uma substituta da camisa 10, analisaram o mercado e decidiram apostar, contratando a meia Islandesa, Sandra María Jessen de 21 anos, que atuava no Akureyri, clube do seu país natal. A então nova camisa 27, imediatamente ganhou a titularidade pela necessidade técnica e tática da equipe, estreando na derrota contra o USV Jena por 3x1.

Passaram-se os jogos e o time mesmo oscilando defensivamente e nas finalizações, mostrou o que faltava, a exata peça e função que as Werkselfs tanto sentiam falta no momento.

Nas partidas contra SGS Essen e Hoffenheim, a islandesa colaborou com a boa postura tática e ligação entre o meio e o ataque, gerando velocidade e eletricidade avançada, que pôde ser vista também na derrota por 6x0 contra o Turbine Potsdam, onde mesmo com suas assistências e passes, o time abusou de perder chances, quais foram iniciadas pela Jessen.

Destaque do Þór Akureyri da Islândia, Sandra Jessen deu um salto na sua carreira e na técnica do Leverkusen com a sua vinda à Alemanha.

Já provada sua qualidade em armações e responsabilidade, Sandra Jessen encarou seu primeiro Clássico do Rio Reno no último domingo (27/03) contra o FC Colônia e na partida, apresentou mais uma característica, exibindo seu lado "Jogadora diferenciada".

Jessen com a bola no pé, esperava a hora certa de passar, segurando a bola até o momento exato. Arriscou de longe, dando trabalho para a goleira rival e sendo impossível de ser marcada.

No primeiro gol do Bayer, a jogava foi iniciada por ela, que recebeu e aguardou as atacantes posicionarem-se onde ela desejava, daí achou a Carolin Simon livre, que cruzou, fazendo Francesca Weber apenas tocar para o gol, que era o primeiro dos dois na vitória por 2x0.

Não temos mais problemas com armadora, pois a qual já provou sua eficiência numa delicadeza futebolística e o que podemos imaginar, é uma junção de sua qualidade, com a maestria da lesionada Turid Knaak. Já pensou uma dupla no meio com essas duas? Pois é, a temporada 2015/16 está encerrando-se e na próxima, poderemos ver um Bayer com força máxima e agora com uma agregação mais que positiva, da islandesa e grande prodígio, Sandra María Jessen.