Porque os avançados se comprometem apenas quando Chicharito não atua?

Que Chicharito sabe fazer gol e é importante para o time do Bayer Leverkusen, isso todo mundo sabe e ninguém pode negar. Em muitas partidas, o time venceu por placares mínimos e elásticos por conta do seu gol e gols. Muitos desses gols, saíram por conta do seu oportunismo e... Boa fase ou abundância natural?
Nos últimos jogos, vimos um Chicharito apagado, sem precisão em chutes, sem comunicação com os companheiros e líderes da partida como técnico, capitães e arbitragem, sem paciência e comprometimento humano com o colega de trabalho rival.
Sua última boa partida, foi contra o Hannover 96 no dia 30/01 numa vitória por 3x0 com dois gols do mexicano, mas era visível a dedicação do time para que as bolas chegassem nele na cara do gol, fazendo que o ele ficasse parado na referência, sem se movimentar, apenas esperando passes, cruzamentos, lançamentos para deixá-lo frente ao gol.

O Chicharito contra o Hannover, era o Chicharito de sempre, em todas as partidas, até então.

No empate com o Bayern de Munique, onde pouco fez e machucou-se, todos consideravam que na próxima rodada, onde o Leverkusen não poderia contar com o artilheiro, o rubro negro teria dificuldade tática e técnica contra o Darmstadt fora de casa, mas o time mostrou comprometimento do goleiro ao centro avante. Um time rotativo, com todos jogadores apoiando e atacando, assim buscando uma virada por 2x1. Dias depois, encarava o Sporting CP (então atual líder do Campeonato Português) pela Europa League fora de casa e ainda sem o mexicano, mostrou superioridade e o mesmo comprometimento grupal.
Daí, todos imaginavam que esse Bayer comprometido das partidas contra o Darmstadt e Sporting, ficaria ainda mais forte com a presença de Chicharito, que voltaria contra o Borussia Dortmund na Bayarena pela Bundesliga. E o que aconteceu? O time voltou a atuar em prol do camisa 7 e sem a mesma concentração, foco e comprometimento, perdeu por 1x0.
No meio da semana, encarou o mesmo Sporting, agora na partida de volta na Bayarena e os visitantes serem superiores após empatarem o placar em 1x1 na primeira etapa. No segundo tempo, ainda sem o esperado oportunismo de Chicharito, o time mudou taticamente e apareceu novamente a estrela de Karim Bellarabi, que fez dois gols, junto com o de Çalhanoglu, fazendo o Leverkusen vencer por 3x1 em mais uma apresentação frágil do artilheiro.

A impaciência e falta de qualidade tática e técnica, são as principais características nas atuações recentes do Mexicano.

Se passaram as semanas, e o comprometido Bayer foi desaparecendo, perdendo para o Mainz 05 por 3x1 com até um gol solitário e inútil do mexicano, que dias depois viu seu time perder em casa por 4x1 contra o Werder Bremen, ao fazer uma partida insignificante, sem poder técnico nem tático, levando cartão amarelo e sendo suspenso para a próxima rodada, contra o FC Augsburg.
Neste sábado (05/03), o Bayer Leverkusen sem Chicharito, com falhas continuas em sua zaga, viu eu adversário, o FC Augsburg, abrir 3x0, mas incrivelmente, a equipe se doou, assim como nas partida contra o Darmtadt e Sporting e novamente sem o mexicano e buscou o empate em 3x3, após um compromisso realizado em campo por todos, que desejaram e buscaram o melhor resultado possível após tantas falhas.
O que é interessante, é como esse time reage e se compromete taticamente sem Chicharito Hernández e após tantas apresentações ruins, pode-se perguntar: Todos os gols feitos até agora, foi apenas uma boa fase, ou eficiência técnica natural que foi adquirida no decorrer de sua carreira?