terça-feira, 22 de março de 2016

A bipolaridade e fragilidade em curto período do Leverkusen

Após todo o período decisivo entre Copa da Alemanha, Europa League e a chance de ter uma vitoriosa sequência na Bundesliga, o Bayer Leverkusen finalmente conseguiu mostrar um bom futebol, respeito e não medo sobre o adversário e o comprometimento tático. Mas, porque só agora?
Não é de hoje! Passa-se os anos, as temporadas, muda-se o plantel, técnico e sempre a mentalidade do clube parece ser a mesma: sonhadora e frouxa.
Mais uma vez o Leverkusen mostrou que só consegue atuar bem quando entra em campo sem compromissos e sem a necessidade de ter os então 90 minutos como decisivo para a temporada.
No último domingo (20/03), o time encarou o Stuttgart fora de casa por mais uma simples rodada da Bundesliga e fez o que não tinha feito a muitos jogos, atuou bem e mandou no adversário, mesmo fora de casa.

Contra o Stuttgart, a superioridade técnica e em todos os âmbitos, que não era presente a jogos, foi visível em todos os 90 minutos.
Mas, porque não atua assim sempre? Após grandes partidas no período do primeiro semestre do Campeonato Alemão, o Bayer tinha compromissos pela Copa da Alemanha contra o Werder Bremen, jogos contra o Sporting pela Europa League, no qual classificou-se e na fase seguinte pegaria o Villarreal da Espanha, e ainda jogos importantes e diretos pela Bundesliga. Todas essas boas exibições pré-decisões, formaram a expectativa de muita técnica e superioridade em relação aos adversários, mas o que realmente aconteceu foi o contrário. O time perdeu a eficacia do seu artilheiro, a solidez de sua zaga, a concentração, entrega e comprometimento exatamente nos jogos quentes, decisivos e importantes da temporada.
Passaram-se os jogos e as apresentações desastrosas e vergonhosas, o time volta a realidade soberba (em relação ao que era esperado nesse período), e agora com uma maneira "cumprir tabela" e "o que vim está de bom tamanho" de jogar e o Bayer faz a sua primeira partida após esse período, o que acontece? Boa atuação tática e técnica contra o Stuttgart, mesmo com as mesmas ausências, complicações em escalações e armações do time, que já tínhamos no período decisivo.

Partidas contra Werder Bremen, Sporting, Villarreal e Stuttgart, exemplo de apresentações opostas em curto período. 
O que acontece com o Bayer Leverkusen quando está prestes a atuar em 90 minutos de nervosismo e decisão? no momento que mais é preciso ter comprometimento, tranquilidade e foco, essas características se ausentam? Não só nessa temporada, mas como a 2001/02, 1999/00, 08/09, quando o time também apresentou forças na temporada e fragilidade nas horas da definição.
Isso é apenas coincidência? ou o time realmente debilita-se em decisões? A verdade é que o clube deve se reinventar e descobrir a verdadeira grandeza dessa instituição que já inovou, já marcou, já criou, mas não engrenou dentro de campo nas últimas décadas.

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